Governo fixa preço mínimo da laranja em R$ 10,10

bebedouro laranja_foto Fabricio Spatti-02

O preço mínimo para a caixa da laranja nesta safra será de R$ 10,10. A decisão foi tomada na noite de quinta-feira (31) em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), em Brasília, e comunicada ao deputado Edinho Araújo (PMDB-SP). A fixação do preço mínimo de referência é uma reivindicação dos citricultores, levada aos ministérios da Fazenda e da Agricultura e Pecuária pelo deputado federal do PMDB de São Paulo.

O valor fixado está acima do praticado no mercado. Hoje, os produtores que estão conseguindo vender a safra não conseguem mais que R$ 7,00 pela caixa de 40,8 quilos. E a fruta precoce da variedade Hamlin corre o risco de se perder nos pomares.

O valor de referência anunciado permitirá que o Governo Federal analise a partir de agora a liberação dos mecanismos de incentivo à venda da safra de laranja, como o Pepro, um programa que auxilia o escoamento da produção, cobrindo a diferença entre o valor real de mercado e o preço mínimo fixado pelo CNM.

Ao ser informado da decisão, Edinho Araújo pediu aos representantes dos ministérios que analisem um outro pedido dos produtores, a retomada com urgência dos leilões de fruta in natura realizados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Na safra passada, também com intermediação de Edinho Araújo, além de fixar um preço mínimo, o Governo Federal autorizou a realização de venda da fruta no mercado interno, por meio de leilões. Os produtores esperam que esse sistema se repita este ano.

MENOS IMPOSTOS E SECUTIRIZAÇÃO

Além do preço mínimo de garantia, Edinho Araújo levou ao Governo Federal várias reivindicações dos produtores de laranja de São Paulo. Ele defende a redução de impostos sobre o setor de suco e considera que os problemas recorrentes na venda interna da laranja desestimulam os produtores.

“Não é possível viver nessa incerteza. Muitos produtores estão desistindo da atividade diante do atual quadro. É preciso que o governo tome medidas que tragam tranquilidade a esse importante setor da economia de São Paulo e do Brasil”, disse o deputado.

Por meio de ofício, o deputado cobrou ainda a securitização das dívidas acumuladas pelo setor de produção nas últimas safras, e o anúncio de medidas de médio e longo prazos, que garantam a sobrevivência da citricultura, que é base da economia de vários municípios do interior de São Paulo.

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