Mortes no trânsito caem 10% após nova Lei Seca

Um levantamento divulgado pelo governo federal mostrou queda de 10% no número de mortes por acidentes de trânsito em todo o país no ano passado, logo após a entrada em vigor da Lei Seca mais rigorosa que dobrou o valor das multas. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a redução interrompe uma sequência de aumento da violência no trânsito e representa a maior queda desde 1998, quando as mortes diminuíram 13%. Segundo os dados preliminares divulgados pelo Sistema Único de Saúde, 40,5 mil pessoas morreram em 2013, contra 44,8 mil em 2012. A estatística coincide com o primeiro ano de vigência integral da Lei Seca mais severa. O valor das multas dobrou e foram criados novos meios de provar a ingestão de álcool pelo motorista infrator.

TEXTO DE EDINHO

O que nem todos sabem é que o texto da nova Lei Seca é de um rio-pretense, o deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP). Encarregado de relatar a matéria na Câmara Federal, Edinho condensou propostas de 24 projetos de lei em andamento e fez o relatório final, que se tornou lei promulgada pela presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2010. “Colocamos na lei novas formas de se comprovar a embriaguez ao volante, como exame clínico, testemunhos de profissionais especializados e até vídeos, já que a maioria dos motoristas embriagados nega-se as fazer o teste do bafômetro. O objetivo foi diminuir a impunidade, que tanto constrange as pessoas de bem”, destaca do deputado Edinho. Para ele, a lei mais rigorosa é um avanço, mas é preciso ampliar as campanhas educativas de trânsito para levar educação aos atuais e os futuros motoristas. Em 2011, o Brasil assinou uma resolução da ONU para reduzir o número de mortes até 2020, na que foi chamada de Década de Ação pelo Trânsito Seguro. O País compromete-se em reduzir o número de acidentes e de mortes das ruas e estradas. “É inadmissível que mais de 40 mil brasileiros continuem morrendo no trânsito, em acidentes em sua maioria causados por imprudência e ingestão de bebidas alcoólicas”, completa o deputado.

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